Programa Jovem Aprendiz Feirense é ampliado; inscrições estão abertas para 500 novas vagas

Programa Jovem Aprendiz Feirense é ampliado; inscrições estão abertas para 500 novas vagas

Programa Jovem Aprendiz Feirense é ampliado; inscrições estão abertas para 500 novas vagas

Na manhã desta quinta-feira (4), foi anunciado a ampliação do número de vagas do Programa Jovem Aprendiz Feirense, realizado pela Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi).

O projeto piloto foi iniciado com 100 jovens da Educação de Jovens e Adultos (EJA), agora passa a ofertar 500 novos postos no mercado de trabalho. As inscrições foram abertas hoje.  

O anúncio aconteceu no Paço Municipal e contou com a participação de jovens que fazem parte do programa de aprendizagem, assim como, de autoridades e gestores da área de educação.

A secretária municipal de Educação, Anaci Paim, conversou com a reportagem do Acorda Cidade sobre a importância do projeto para viabilizar a iniciação profissional, respeitando a conduta, a defesa de valores e o fortalecimento do papel cidadão de cada jovem. Ela falou também sobre critérios de participação que reforçam essa ideia.

“Só pode participar do programa quem tem matrícula regular na Educação de Jovens e Adultos, que tenha frequência também. Então ao mesmo tempo, a gente garante que ele tenha acesso a um conhecimento novo, que viabilize a sua inserção no mundo do trabalho, mas que também ele venha melhorar o seu desempenho na escola porque tem que ter frequência regular” explicou

Segundo Anaci, após a iniciação com projeto piloto disponibilizando 100 vagas, a prefeitura disponibiliza, agora, mais 500 vagas para jovens que vão atuar na área administrativa das escolas municipais. Ela confirmou que, segundo o contrato, o número pode chegar a mil vagas.

“O contrato prevê até mil alunos. Eles são distribuídos por escola, atuam nas secretarias das escolas. No início das atividades que eles começaram em dezembro, foi envolvimento diretamente na matrícula, eles foram treinados para desenvolver essas ações. Eles dão apoio administrativo na unidade escolar, atuando nas secretarias da escola, porque nós temos 217 escolas e eram exatamente inicialmente 100 vagas. Agora que nós estamos ampliando, nós vamos contemplar todas as escolas e vamos também estar disponibilizando o atendimento em outras áreas, como nos laboratórios experimentais que dispomos na escola”, pontuou.

Os jovens também não podem atuar na mesma escola em que estudam. Dos 100 alunos do projeto inicial, apenas sete desistiram. A secretária também pontuou sobre o desafio da evasão escolar e o quanto o programa é um reforço para superar o afastamento desses jovens da educação. 

“A evasão na EJA [Educação para Jovens Adultos] sim. Nos demais segmentos não. Os demais nós temos situações bastante encantadoras que viabilizam, primeiro a exigência da matrícula que é obrigatório, os pais têm que cumprir essa exigência. Segundo porque nós adotamos as medidas adequadas para garantir que o aluno se desloque das suas comunidades para os locais onde as escolas estão inseridas com o transporte escolar. Nós transportamos hoje alunos da nossa rede e da rede estadual para o ensino fundamental, educação infantil, EJA e também para o ensino médio da rede estadual”, informou ao Acorda Cidade.

Outro ponto importante destacado pela secretária foi o desjejum implementado pelo governo municipal, que oferece refeições antes das aulas e o lanche para reforçar a segurança alimentar das crianças e adolescentes que estudam e agora trabalham na rede municipal.

Quem aprovou o projeto foi a estudante Isabelle Papa da EJA. Ao Acorda Cidade, ela ressaltou a importância do programa para os alunos.

“A importância é a gente pensar de outras formas, se comportar melhor, ter uma meta de objetivos num futuro melhor, um estudo melhor. Eu trabalho na Escola Padre Giovanni, lá na Cidade Nova também, na área administrativa. Ajuda a gente também para alcançar nossas metas, alcançar nossos objetivos e também fazer a gente ter mais responsabilidade, porque a responsabilidade que eu tenho hoje eu não tinha antes”, disse a jovem. 

Diego Rocha, coordenador da Renapsi na região Nordeste, falou sobre a dimensão do programa de aprendizagem em todo o país.

“A rede nacional de aprendizagem é uma organização nacional, nós estamos nos 27 estados do Brasil, hoje atendemos mais de 1.500 municípios com programas de aprendizagem, além desse programa aqui em Feira de Santana, o programa Jovem Aprendiz Feirense, nós temos também esse programa no estado de Goiás, Tocantins, Piauí, no Distrito Federal, no Rio Grande do Sul, entre outros. Então, hoje nós temos hoje mais de 32 mil jovens vinculados a nós com essas parcerias públicas e privadas”, destacou. 

O prefeito Colbert Martins explicou como o projeto acontece na prática e o quanto é um reforço da educação para aqueles jovens, que por algum motivo, se atrasaram com a educação regular.

Programa Jovem Aprendiz Feirense
Colbert Martins, prefeito | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A permanência dessas pessoas a gente estimula através de uma bolsa na qual eles frequentam as aulas à noite e trabalham durante o dia na prefeitura. Tem pessoas que tiveram filhos muito cedo, outras pessoas tiveram envolvimentos com drogas, enfim, todas essas dificuldades, a gente quer trazer essas pessoas para trabalharem, para estudarem e para aprenderem”, declarou. 

Segundo Colbert, recursos públicos municipais são utilizados para a ampliação do programa em parceria com a Renapsi, que até o momento, estava arcando com o projeto piloto. A bolsa permanência é em torno de R$ 700.

“O objetivo é manter essas pessoas frequentando e manter essas pessoas aprendendo. É um investimento social extremamente importante. Muitas dessas pessoas foram afastadas da vida até pela droga, portanto o que nós queremos agora é dar uma condição para que eles aprendam”, disse.

Para participar do Programa Jovem Aprendiz Feirense o candidato deverá ter entre 14 e 21 anos e possuir Renda familiar de até 2 salários mínimos per capita, ser estudante da rede pública ou bolsista 100% da rede particular ou estar cursando o ensino fundamental ou EJA, vinculado à Rede Municipal de Ensino. O Programa prevê uma cota de 5% a 10% para Pessoa com deficiência – PCD (sem limite de idade) e de 5% para jovens do Sistema Socioeducativo em cumprimento ou egressos. 

O Programa irá ofertar uma remuneração de salário mínimo/hora, além de 13º salário, férias remuneradas, seguro de vida, uniformes e crachá, além do transporte escolar.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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