Durante o Fórum Permanente sobre Questões Indígenas na sede das Nações Unidas, a relatora especial da ONU, Mary Lawlor, alertou para a extrema vulnerabilidade dos ativistas indígenas e quilombolas brasileiros diante da violência. Relatos detalhados de ataques em Mato Grosso do Sul ressaltam a impunidade que persiste nessa realidade, enquanto essas comunidades também lideram agendas climáticas cruciais.
Segundo a relatora, o Brasil enfrenta uma "impunidade sistêmica" que resulta em uma série de mortes entre os defensores de direitos humanos, principalmente devido aos interesses econômicos em jogo. Lawlor destaca a importância urgente de demarcar e titular terras, principal causa dos ataques contra ativistas, um problema reconhecido pelo governo brasileiro, mas ainda não devidamente enfrentado.
Apesar dos desafios, há avanços perceptíveis em várias frentes indígenas, especialmente na representatividade e no engajamento dos jovens. A crescente presença desses jovens em fóruns internacionais, como nas COPs sobre mudanças climáticas, mostra um caminho promissor para a defesa de seus direitos e para impulsionar agendas climáticas que afetam diretamente suas comunidades e culturas.